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A voz de Darth Vader, James Earl Jones, cativou gerações de fãs de cinema. Mas por detrás da voz estava um ator extraordinário
James Earl Jones, uma das vozes mais distintas de Hollywood, não deixou apenas a sua marca nos ecrãs de cinema com personagens inesquecíveis. O ator, que morreu em setembro de 2024 aos 93 anos, recordou uma história de vida notável, cheia de desafios pessoais e grandes sucessos.
- Nascido no Mississippi em 1931, Jones cresceu com os avós depois da separação dos pais e lutou contra a sua gaguez em criança. O teatro ajudou-o a recuperar a sua voz e a declarar guerra à sua gaguez. Para ultrapassar a sua gaguez, Jones escreveu poemas desde tenra idade e representou-os em frente à turma, o que lhe deu confiança nas suas capacidades de expressão oral. A sua história, de gago a orador e ator popular, foi até imortalizada num livro infantil.
- Depois de se formar na Universidade de Michigan em 1955, Jones começou uma carreira de sucesso na Broadway. Participou em peças importantes como “King Lear” e “Othello”, que lhe valeram a aclamação da crítica e numerosos prémios. Foi também distinguido com um prémio Tony em 1968 pelo seu papel em “The Great White Hope”.
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A voz icónica de Darth Vader
1977 Jones emprestou a sua voz a Darth Vader em “Star Wars: Uma Nova Esperança”. Embora George Lucas quisesse inicialmente que Orson Welles desse voz à personagem, decidiu-se por Jones, cuja voz profunda tornou a personagem inesquecível.
- Jones já era conhecido pela sua modéstia na altura e inicialmente não exigiu crédito pelo seu papel, pois considerava a sua contribuição insignificante. Foi só no Regresso de Jedi (1983) que o seu nome foi mencionado nos créditos.
- Curiosamente, Jones usou “Darth Vader” como alcunha no seu rádio CB no passado, mas parou quando as pessoas ficaram assustadas. A sua voz não foi apenas utilizada na série de filmes, mas também em vários anúncios publicitários na televisão norte-americana.
- Para além de Darth Vader, Jones também deu voz ao leão Mufasa no clássico da Disney “O Rei Leão” e apareceu em filmes como “Caça ao outubro Vermelho” e na minissérie “Roots”, que se centrava na história da escravatura. Jones é também um dos poucos actores a ter conseguido um “EGOT”, o que significa que ganhou um Emmy, um Grammy, um Óscar e um Tony.